Concepções
de Organização e Gestão Escolar para Libâneo e a Crítica de Paro
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Para
Libâneo (2004), as concepções dividem-se em: autogestionária, interpretativa,
democrático-participativa e técnico-científico.
-Concepção Autogestionária:
é a concepção baseada na gestão e na tomada de decisões coletivas que envolve
todos os membros da instituição e recusa as normas do sistema de controle
fechado, dialogada, relação horizontalizada.
-Concepção
Interpretativa: é uma concepção baseada em uma gestão organizadora de funções e
práticas de valores compartilhados.
-Concepção
democrático-participativa: o gestor não trabalha sozinho e nem toma as decisões
por si próprio, ele tem a participação de todos os membros da equipe.
- Concepção
técnico-científica: valoriza a autoridade na qual o diretor é o porta voz,
relação verticalizada.
Já
o autor Paro (1987) tece críticas educacionais de forma que rompe com os
preceitos até então mantidos como verdadeiros e imutáveis. Sendo assim, a
primeira crítica é em torno dos profissionais da escola, os quais tem medo, receio
em mudar/ romper com as práticas tradicionais, preferindo manter as teorias e
as práticas conservadoras com as quais foram ‘educados/escolarizados’.
Outro
ponto importante que Paro (2011) crtica é a ideia de teóricos brasileiros
estarem apresentando a administração escolar como em uma empresa capitalista/
neoliberal, onde ‘deve-se’ aplicar o mesmo princípio e ideologia dessas na
escola pública.
Paro
(2011) mostra ainda que, a escola particular se identifica melhor com o modelo
de empresa capitalista, pois os pais ‘contratam o serviço’, os professores
realizam o seu trabalho – sem direito a participação nas decisões para a
melhoria da qualidade de ensino da instituição, e o dono (patrão) recebe o
capital – o lucro.
Paro
(1987) também discorda da maneira de se comparar o diretor escolar com o
gerente de uma empresa, pois o gerente é aquele que fiscaliza, coordena o
trabalho dos empregados, e o diretor envolve-se em atividades pedagógicas e/ou
burocráticas.
Conclui-se
que, a ideia de Paro assemelha-se mais com a realidade educacional. No entanto,
Libâneo contribui com as concepções norteadoras para um trabalho democrático e
organizado na escola.
REFERÊNCIAS
LIBÂNEO, J. C. Organização
e gestão da Escola: teoria e prática. Goiânia: Ed. Alternativa, 2004.
PARO, Vitor Henrique. Administração escolar introdução crítica. São
Paulo: Cortez, 1987, 175p. Disponível em:
<http://emaberto.inep.gov.br/index.php/ emaberto/article/viewFile/
640/569>. Acesso em: 21/07/2013.
_____, Vitor
Henrique. Crítica da Estrutura da Escola.
São Paulo: Cortez, 2011.
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