quinta-feira, 25 de julho de 2013


Concepções de Organização e Gestão Escolar para Libâneo e a Crítica de Paro

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Para Libâneo (2004), as concepções dividem-se em: autogestionária, interpretativa, democrático-participativa e técnico-científico.

 

-Concepção Autogestionária: é a concepção baseada na gestão e na tomada de decisões coletivas que envolve todos os membros da instituição e recusa as normas do sistema de controle fechado, dialogada, relação horizontalizada.

-Concepção Interpretativa: é uma concepção baseada em uma gestão organizadora de funções e práticas de valores compartilhados.

-Concepção democrático-participativa: o gestor não trabalha sozinho e nem toma as decisões por si próprio, ele tem a participação de todos os membros da equipe.

- Concepção técnico-científica: valoriza a autoridade na qual o diretor é o porta voz, relação verticalizada.

 

            Já o autor Paro (1987) tece críticas educacionais de forma que rompe com os preceitos até então mantidos como verdadeiros e imutáveis. Sendo assim, a primeira crítica é em torno dos profissionais da escola, os quais tem medo, receio em mudar/ romper com as práticas tradicionais, preferindo manter as teorias e as práticas conservadoras com as quais foram ‘educados/escolarizados’.

Outro ponto importante que Paro (2011) crtica é a ideia de teóricos brasileiros estarem apresentando a administração escolar como em uma empresa capitalista/ neoliberal, onde ‘deve-se’ aplicar o mesmo princípio e ideologia dessas na escola pública.

Paro (2011) mostra ainda que, a escola particular se identifica melhor com o modelo de empresa capitalista, pois os pais ‘contratam o serviço’, os professores realizam o seu trabalho – sem direito a participação nas decisões para a melhoria da qualidade de ensino da instituição, e o dono (patrão) recebe o capital – o lucro.

Paro (1987) também discorda da maneira de se comparar o diretor escolar com o gerente de uma empresa, pois o gerente é aquele que fiscaliza, coordena o trabalho dos empregados, e o diretor envolve-se em atividades pedagógicas e/ou burocráticas.

Conclui-se que, a ideia de Paro assemelha-se mais com a realidade educacional. No entanto, Libâneo contribui com as concepções norteadoras para um trabalho democrático e organizado na escola.

 

REFERÊNCIAS

 

LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão da Escola: teoria e prática. Goiânia: Ed. Alternativa, 2004.

 

PARO, Vitor Henrique. Administração escolar introdução crítica. São Paulo: Cortez, 1987, 175p. Disponível em: <http://emaberto.inep.gov.br/index.php/ emaberto/article/viewFile/ 640/569>. Acesso em: 21/07/2013.

 

_____, Vitor Henrique. Crítica da Estrutura da Escola. São Paulo: Cortez, 2011.

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