Análise do artigo "A Teoria da Administração Educacional: Ciência e Ideologia", de Acacia Zeneida Kuenzer Zung
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma reflexão a respeito da teoria da administração escolar que teve origem a partir da história geral da administração empresarial, no decorrer do desenvolvimento será apresentado a ideia da autora Acacia Zeneida Kuenzer Zung que comenta em seu artigo “A teoria da administração Educacional: Ciência e ideologia”, a importância da origem da gerência e do capitalismo como modo de controlar as pessoas, é de suma importância a teoria de Frederick Taylor e Henri Fayol para a administração, os dois contribuíram para o bom funcionamento da organização do trabalho, através dos dois que começou os estudos para a gestão escolar. Atualmente a gestão deve ser democrática valorizando a participação da comunidade escolar no processo de tomada de decisões, a escola deve funcionar pautada num projeto coletivo, com a gestão democrática, parte-se do princípio de que o diretor não está sozinho, nem para decidir e nem para agir.
Palavras chave: Administração Escolar, Organização, Capitalismo.
ANÁLISE DO TEXTO
A autora Acacia Zeneida Kuenzer Zung vem explanando um assunto indispensável que é a teoria da administração educacional, a partir de origens históricas, trazendo as ideias dos autores Taylor e Fayol que foram os primeiros organizadores da administração educacional através da teoria geral de administração.Historicamente segundo Zung, o homem sempre foi subordinado às classes dominantes, através de processos cruéis e desiguais.
Algumas pessoas ditam as regras e outras por se encontrarem em condições mais frágeis obedecem. São sujeitas a trabalharem muito e receberem pouco por esse serviço que muitas vezes é árduo e cansativo.
Para Zung (1984, p.39):
O controle, historicamente, sempre existiu; contudo, nas formações pré- capitalistas ele se dava de uma forma particular, diferente de sua conceituação no modo de produção capitalista, tendo em vista as condições escravistas ou outras formas de trabalho cativo, a tecnologia estacionária e a ausência da necessidade de extensão ampliada do capital.
O capitalismo é um modo de controlar as pessoas, vale mais quem produz mais, a escola não produz um produto concreto, o âmbito escolar é voltado de sentimentos, ações, reflexões e principalmente a matéria prima é chamada de vida.
Para romper com este contexto que procura apenas mostrar lucros, é necessária uma mudança imediata, no qual o valor do trabalho seja visível e contemplado por todas as classes sociais.
No sentido de que haja a dissolução deste contexto a escola necessita de efetiva participação neste processo, à práxis educativa é um recurso para que permeie está mudança.
De acordo, com ZUNG (1984) a administração escolar teve surgimento através da obra de Taylor, o primeiro que sistematizou os princípios da organização do trabalho.
Segundo Zung (1984, p.43):
O taylorismo coloca a origem da administração cientifica na necessidade de eficácia como meio para atingir os objetivos idênticos de patrões e operário, a partir do que se propõe um conjunto de normas corretas, e para realizar cada tarefa, sem evidenciar que este farto só se compreende no âmbito de produção artesanal para o industrial.
No entanto, Taylor acreditava que a escola funciona que nem uma empresa, a qual tem o presidente, gerentes e os operários. O gerente é a autoridade e somente nasceu para administrarem e os operários para executarem, estando na responsabilidade de produzirem para o crescimento da empresa na garantia de lucros.
Porém, a ideia de Taylor é fidedigno, pois na escola tem uma organização, na qual tem o diretor, o orientador pedagógico e os professores, mas atualmente as organizações são dinâmicas, flexíveis e a gestão é participada, o gestor não é o superior da escola a qual somente ele toma decisões, mas sim todos estão envolvidos para o bom funcionamento da escola.
Dessa maneira, Fayol utilizou de modelos parecidos com a de Taylor, ele desenvolveu sua teoria num aspecto global se preocupando com uma escala de organização.
Fayol sistematizou as ideias de divisão do trabalho, estabelecendo as funções de planejamento, supervisão funcional e execução; as ideias de hierarquia, realização do trabalho por tarefa, identidade de objetivos entre capitalista e operário, (o lucro) motivações econômicas subjacentes ao trabalho e o conceito de homem racional. (ZUNG, 1984, p. 40).
Portanto, a ideia de Fayol em estabelecer funções de planejamento é importante para a gestão, a equipe gestora deve ter visualização do futuro e traçar o respectivo programa da ação, pois compreende a ideia de que sem um mínimo de conhecimento das condições de existentes numa determinada situação e sem esforços de previsão das alterações possíveis dessa situação, nenhuma ação de mudança será eficaz e eficiente.
Contudo, a concepção de Fayol é adequada, pois o sistema de organização e de gestão da escola deve ter um planejamento, organização dos recursos humanos, financeiros, tempo e do espaço, também necessita abranger a parceria da coordenação para poder ligar toda a estrutura e harmonizar o esforço humano coletivo da escola. O controle de supervisionar a conformidade das ordens dadas e verificar o desenvolvimento da ação comprova os resultados do trabalho, evidenciando os erros, as dificuldades e os fracassos relativos ao que foi planejado. Sendo assim, conclui-se que as diferentes teorias da administração escolar tiveram influência a partir de padrões de estudos na administração de uma empresa na qual foram sendo reproduzidas e melhoradas para a educação brasileira.
Hoje a administração escolar deve ter uma organização e a direção tem um papel fundamental enquanto fator institucional. Na escola o diretor corresponde ao arquétipo do poder, que tradicionalmente esta vinculada a práticas autoritárias, que variam de um aspecto que vai do capricho ou implicância a atitudes de violação de direitos humanos fundamentais.
Neste sentindo, a autonomia da escola bem como o avanço do processo de gestão democrática das escolas está vinculada a postura de como a administração assume. Portanto pode-se afirmar que a grande tarefa da direção, numa perspectiva democrática é fazer a escola funcionar pautada num projeto coletivo.
REFERÊNCIA
ZUNG, A. Z. K. A teoria da administração educacional: ciência e ideologia. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 48, p. 39-46, fev. 1984.
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