segunda-feira, 5 de agosto de 2013

PLANEJAMENTO ESCOLAR NA PERSPECTIVA DEMOCRÁTICA”,
de Marta Leandro da Silva, por Ana Paula Grzebieluka

Marta divide o planejamento em três fases, na primeira a autora delineia “fazer as coisas na busca imediata de soluções satisfatórias para as suas necessidades primárias”. Diz que essa fase tem atribuição do planejamento como instrumento para facilitar as ações.
Na segunda fase, concede o nome de etapa evolutiva do planejamento passando do aspecto prático/ técnico e instrumental, focando na linha teórica que irá seguir.
Já a terceira etapa caracteriza-se pela compreensão de que o planejamento é aberto às finalidades do homem, na qual requer a participação e a responsabilidade de todos os sujeitos.
Dessa forma, as escolas tem o papel e o dever de estar envolvendo o senso crítico dos alunos, por isso necessita continuamente capacitar seus educadores para que estes estejam aptos a trabalhar com tecnologias diferenciadas e a buscarem inovações para as formas de ensinar e aprender.
A autora também traz em seu artigo dois tipos de planejamento, o normativo e o participativo. No normativo Marta diz que esse subjuga-se ser de caráter determinístico, ou seja, que tem ações fechada e pré-ativa, sofre pressões externas na qual o desenvolvimento deve partir verticalmente, o homem ‘funciona’ a partir de normas reguladoras. Já no participativo Marta discorre que esse carateriza-se pelo aspecto interativo, pela visão critica do conhecimento, é dialético, horizontalizado, e concebe a gestão democrática participativa nesse planejamento.
Com isso, Marta fala que o planejamento deve partir da realidade dos aluno, da comunidade escolar, assim, ela retrata que deve-se conhecer essa realidade para somente após esse passo construir os objetivos que serão norteadores do processo.
Ao final, a autora conclui que a gestão democrática e o planejamento participativo interagem em ações conjuntas por apresentarem finalidades comuns, são elas:
  1. Deve ser orientada as tomadas de decisões, execuções dos objetivos e metas da comunidade escolar;
  2. Sempre estar fazendo replanejamento das ações;
  3. Melhorar o uso dos recursos materiais, financeiros e humanos;
  4. Viabilizar estratégias para o fazer pedagógico organizacional;
  5. Visualizar a escola em sua totalidade, bem como estratégias inovadoras para mudar os espaços organizacionais.
Conclui-se assim que esses constituem-se como os elementos essenciais para que a gestão democrática efetive-se com sucesso na escola.

Referência

SILVA, M.L. DA. Planejamento escolar na perspectiva democrática. Disponível em:<http://www.ufpe.br/ceadmoodle/file.php/1/coord_ped/sala_3/arquivos/Planejamento_Escolar_na_perspectiva_democratica.pdf>. Acesso em: 31/07/2013.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

ANÁLISE DO FILME

COMO ESTRELAS NA TERRA TODA CRIANÇA É ESPECIAL”



  1.   Qual o tipo de gestão escolar?
       A gestão que se apresenta no filme é autocrática, centrada na figura do diretor, onde todos os alunos eram tratados da mesma maneira, sem levar em conta as suas diferenças e dificuldades, os professores eram em sua maioria da escola tradicional, por isso eram conservadores e os únicos donos do saber, da verdade absoluta.
  1. Há interferência tecnológica nas aulas?
Sim, A tecnologia que estava presente na sala de aula é bem tradicional, na qual o professor utilizava somente os livros, cadernos, e lousa. No entanto, quando um novo professor é contratado começa a incorporar novas tecnologias, dentre elas o computador, instrumentos musicais- música, dentre outras que foram necessárias para atender ao menino disléxico.
  1. Os professores atuam como facilitadores do processo de ensino?
Os professores tinham somente um método de ensino que era através do exercício mecânico e repetitivo, se o aluno não aprendesse era considerado “burro”, ou seja, estava fora do padrão considerado pela sociedade, sendo essa extremamente competitiva.
  1. A sociedade em que se passa o filme é democrática, moderna?
O filme mostra uma sociedade que não é democrática, nem participativa, na qual os professores não sentem-se responsáveis pela aprendizagem do aluno, pelo contrário o diretor e os professores não tinham uma prática inovadora que facilitava a troca de conhecimentos e sim uma educação centralizadora e bancária, onde pensar, refletir não eram os objetivos, assim apenas depositavam o conhecimento.
  1. Os pais colaboram com a educação escola? Explique.
Os pais que aparecem no filme estavam somente preocupados com a educação do filho, para ele fosse alguém de sucesso na vida, mas não compreendia a dificuldade que a criança apresentava. A dislexia, perante o senso comum dos pais era preguiça e mau comportamento, por isso deveria ser repreendido com castigos físicos, psicológicos, etc. Somente com o auxílio de um professor de Arte os pais puderam observar a repetição dos ‘erros’ ortográficos em seus vários cadernos, a dificuldade em amarrar o cordão do sapato, em abotoar a camisa, em escrever, mas também tinha facilidade em expressar seus conhecimentos pela fala, mostrava habilidade na pintura, entre outras. A partir de várias constatações os pais começaram a deixar o julgamento incoerente/ senso comum e primar pelo conhecimento científico que concebe a dislexia como uma dificuldade de aprendizagem.
  1. Como você verifica a inclusão e/ou a exclusão escolar?
O filme mostra bem a exclusão escolar, na qual, o aluno que não conseguia aprender era excluído da escola, o professor o castigava, colocando de joelhos para fora da sala, utilizava de palmatórias. Havia sim, uma inclusão mascarada onde o aluno estava incluso em uma turma regular, no entanto não tinha nenhuma adaptação curricular para o mesmo, nem mesmo existia por parte dos professores tradicionais uma flexibilidade em suas atitudes e métodos de ensino- reflexo da educação que receberam, da falta de formação contínua e continuada, e da sociedade conservadora daquele determinado país.
  1. Se você tivesse que comparar a educação retratada no filme com as tendências pedagógicas brasileiras, qual se encaixaria melhor?
A tendência que mais prevalece no filme é a tradicional, mas também tem um pouco da tecnicista.
  1. Reflita e responda, quais são as tecnologias utilizadas hoje em sala de aula e compare com as utilizadas no filme. Algo mudou? O que?
Hoje, temos infinitos recursos tecnológicos para estar trabalhando com os alunos, como por exemplo: rádio, televisão, computadores, entre outros. No filme a tecnologia utilizada em sua maioria pelos professores é somente os livros e a lousa, apenas um professor que é inovador, que utilizou computador para trabalhar com a coordenação motora do aluno com dislexia, o rádio para o discente ouvir sons das letras e verificar a semelhança das palavras, a caixa de areia, o quadro quadriculado, etc.
Na atualidade pouco mudou quando verificamos a utilização da tecnologia em sala de aula, pois o governo muitas vezes proporciona o recurso físico tecnológico, mas no entanto, não dá o suporte para a prática do professor, ou seja, falta melhorar as formações desse profissional, conforme preza a lei, dentre elas a LDB 9394/96.

  1. Escreva sobre os comportamentos, atitudes dos pais, professores do filme e compare com o ECA. O que você pode analisar criticamente o que mudou na sociedade (supondo que aquela realidade fosse a nossa).
O filme mostra uma sociedade bem tradicional, na qual, os pais batiam nas crianças sempre que os menores fizessem algo errado, os professores usavam palmatórias e castigos severos com os alunos. Hoje, na nossa sociedade atual não é permitido legalmente agredir, expor, mau-tratar, etc.  Assim, o artigo 5º do ECA traz:
- Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
Também temos, no artigo 53 parágrafo II do ECA: A criança tem o “Direito de ser respeitado por seus educadores”.
Também proíbe-se aos pais, responsáveis, a escola, qualquer tipo de violência física, bem como estabelecido no artigo 18ª da Lei da Palmada, nº 2654 /2003:
A criança e o adolescente têm direito a não serem submetidos a qualquer forma de punição corporal, mediante a adoção de castigos moderados ou imoderados, sob a alegação de quaisquer propósitos, no lar, na escola, em instituição de atendimento público ou privado ou em locais públicos”.
          Outro fator importante que apresenta no filme é o trabalho infantil, que é algo que não deve acontecer, de acordo com o ECA no artigo 60:
É proibido qualquer trabalho aos menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de jovem aprendiz”.



O DIRETOR COMO LÍDER NA ESCOLA E NA COMUNIDADE

diretor de escola desempenha um papel essencial na qualidade do ensino. Como líder é o animador. Animar vem de animus, anima – alma. Por isso o diretor é quem dá alma ao grupo, sua postura deve ser a de um líder democrático que consegue envolver toda a comunidade escolar – professores, funcionários, pais, alunos, bairro, ongs, empresas, clubes etc. – dentro de um mesmo ideal: formar o cidadão para a vida e para o mundo do trabalho.

A liderança permite a um profissional criar e manter um grupo coeso, inspirado e trabalhando motivado, pode ser desenvolvida ao longo da carreira. Todo profissional que tem um coletivo sob sua responsabilidade deve procurar aprimorá-la. É caso do gestor escolar, que tem a tarefa de articular a equipe visando à aprendizagem dos alunos.
Todo líder deve construir coletivamente seu planejamento e dar certa autonomia para que cada um desempenhe suas tarefas. Gerir um time dessa maneira é estar aberto para conflitos e opiniões contraditórias, de modo que seu papel é encaminhar a discussão e garantir espaço para que todos se manifestem. Dá trabalho, mas ajuda a criar um modelo de co-responsabilidade, em que todos se envolvem com o que o grupo decidiu, sem transferir a outros a culpa ou os méritos pelos resultados. 







Referência
O diretor como líder significativo. Gabriel Chalita. Disponível em: http://www.gabrielchalita.com.br/index.php/o-escritor/textos/item/130-o-diretor-como-l%C3%ADder-significativo.html acesso 1 de agosto de 2013.